Óxido de ferro impregnado em triniobato de potássio
1. Sociedade Brasileira de Química ( SBQ)
ÓXIDO DE FERRO IMPREGNADO EM TRINIOBATO DE POTÁSSIO
Diego Moreira Soares (IC) e Liliane Magalhães Nunes (PQ)*
Instituto de Química – UFG - CP 131 - CEP 74001-970, Goiânia-GO – liliane@quimica.ufg.br
Palavras Chave: sólidos lamelares, óxido de níquel, pilarização com sílica.
Introdução
O triniobato de potássio é um sólido que possui
estrutura lamelar baseado em um arranjo octaédrico
de nióbio e oxigênio com íons potássio entre as
lamelas. A incorporação de metais ou óxidos
metálicos em compostos lamelares para aplicação (d)
Intensidade/u.a.
em reações catalíticas de interesse industrial ainda
é um assunto escasso na literatura. Por outro lado,
óxido de ferro suportado em diferentes superfícies (c)
como: sílica, zeólita e argila, são usados nas mais
1,2
diversas reações catalíticas .
Neste trabalho é descrito a preparação do óxido (b)
de ferro suportado em triniobato de potássio lamelar.
Resultados e Discussão (a)
O triniobato de potássio foi preparado utilizando 10 20 30 40
2θ/ graus
quantidades estequiométricas de Nb2O5 e Na2CO3. A
mistura foi aquecida a 600ºC por 2 h, em seguida foi
novamente homogeneizada e aquecida a 900ºC por Figura 1. Difratogramas de raios x das amostras (a)
3 h. A incorporação do óxido de ferro ocorreu por KNb3O8, (b) α-Fe2O3/KNb3O8 500ºC, (c) α-
2+ 3+
coprecipitação de sais de ferro (Fe /Fe ) em meio Fe2O3/KNb3O8 700ºC e (c) α-Fe2O3
básico. O sólido foi lavado e calcinado a 500 e 700
ºC.
O difratograma de raios x ilustrado na figura 1a Conclusões
apresenta um padrão de reflexão característico do O método de impregnação por coprecipitação
KNb3O8, conforme JCPDF, ficha n° 752182, mostrou-se eficiente na deposição do óxido de ferro
apresentando uma distância interlamelar de 10,6 Å. no niobato alcalino. O óxido de ferro presente no
A Figura 1d ilustra o difratograma do óxido de ferro material calcinado foi caracterizado como sendo a
puro preparado apenas para comparação. Os picos fase hematita, todavia, a temperatura ideal para
observados são característicos do óxido de ferro na manter a estrutura lamelar após a impregnação é de
fase hematita, conforme a literatura (JCPDF, nº 500ºC, visto que na temperatura de 700 ºC o
862368). material perde a característica lamelar.
Os difratogramas ilustrados na Figura 1b e 1c são
referentes às amostras impregnadas com óxido de
ferro e calcinadas a 500 e 600 ºC, respectivamente. Agradecimentos
Na amostra impregnada e calcinada a 500 ºC não
ocorreu alteração significativa no padrão de difração FINEP/CNPq/CBMM pelo apoio financeiro.
do material, mantendo a estrutura lamelar. ___________________
1
Comportamento diferente é observado quando o 2
Ferreira, H. S., et al., Quím. Nova, 30 (2007) 611.
material é calcinado a 700ºC, neste caso o Costa, R.C.C. et al., Catalysis Communications, 4 (2003) 525.
difratograma evidencia o colapso da estrutura
lamelar. Por outro lado, o pico de maior intensidade
o
em 2θ igual a 33,3 característicos da fase referente
a hematita mostra-se superposto ao pico do suporte
precursor. Embora os picos de reflexão em 2θ igual
o o
a 24,2 , 35,7 e 40.9 , os quais não são observados
no suporte, sendo portanto uma evidencia da
presença de hematita no material.
32a Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Química